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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cortesia, vale tudo p/ conseguir uma?

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Olá, como estão? Eu estou vindo de um grande evento que a Viva Ideia realizou junto com a Access Vip e o Jacaré Pop, o Lançamento do DVD do Forró Pegado. E foi dele que surgiu a ideia desse post, "Cortesia, vale tudo p/ conseguir?"

Eu até já falei sobre um tema parecido com esse, mas senti a necessidade de falar tudo que passei nesse evento. Sabe quando a gente sabe que alguma coisa acontece, mas a gente sempre se surpreende? Pronto, eu, com a loucura do povo atrás de cortesias.

Todo evento que fazemos separamos uma quantidade boa de cortesias, p/ atender a imprensa, aos familiares, aos amigos mais próximos e, principalmente, pessoas influentes que nos ajudam a divulgar no boca à boca. Geralmente são 15% da carga dos ingressos. Encaramos como uma forma de divulgação, que vem nos dando bons resultados.

Mas essa foi a parte, digamos assim, "Boa"! Porque eu vou confidenciar a vocês, cada vez que passa eu me surpreendo com as táticas do povo p/ conseguir uma cortesia. Acontece de tudo e eu acabo escutando de tudo também. Vou contar como foi o evento dessa semana, pois foi um bom exemplo de como acontece.

Fizemos a pré-produção e lançamos a mídia do evento. O primeiro ponto à abordar é que ninguém liga faltando duas semanas p/ o evento p/ pedir uma cortesia, eles deixam p/ ligar no dia da festa. Aí o tempo vai passando.

Dias antes do evento começam a pingar as ligações, mas nada demais, um ou outro que liga. Um dia antes do evento, começam as loucuras, só que na maioria das vezes por email. Recebi um solicitando umas cortesias, já como se tivéssemos a obrigação.

Chega o grande dia. As ligações começam cedo, mas cedo mesmo, umas 8h da manhã. À medida que o tempo vai passando vão aumentando as "Caras de aço", passou do meio dia e não para. Terça fui sendo metralhado por ligações e pedidos de cortesias.

Ligam as pessoas que estão de alguma forma relacionadas ao evento, como o pessoal das bandas, funcionários... Aí vou escutando as aberrações.

Liga um conhecido, da rede de amigos que envolve a banda, que nunca liga, mas toda vez que tem evento ele aparece. "Fala Japonês, e aí, td bem? Como andam as coisas? Como é que vai ser mais tarde? Tem umas cortesias aí?" kkkkk, antes o povo até enrolava mais, mas hoje é direto ao assunto. Aí eu falei que as minhas tinham acabado, verdade, e que entendesse que eu nunca negava, mas infelizmente eu não teria como atendê-lo dessa vez.

Eu chego no escritório e o pessoal que trabalha comigo: "Eitah, tem que chamar Fulano, porque Fulano fez isso, fez aquilo e tal..." Por isso que normalmente pago todos que trabalham, p/ não precisar ficar devendo favor.

Aí ligam os amigos mais próximos e familiares, normalmente esses já tem as cortesias deles, mas outras pessoas ligam p/ eles p/ eles ligarem e conseguirem, pela proximidade que tem. As pessoas se aproveitam, fazem isso porque sabem que é difícil de negar as pessoas que gostamos, só que sei muito bem distinguir.

Aí ligam os sócios da banda, pedindo mais de que já tem direito. Eu entendo demais a situação deles, porque sofrem pressão do mesmo jeito. Mas imagina se tivermos que dar a todos que precisam de mais, estoura o limite em 300%.

Aí vai anoitecendo, começam as ligações loucas. Pessoas que nunca falamos, no máximo "oi-oi", pedindo na cara dura. kkkk eu dou risada depois porque é impressionante a "cara de aço". Ligou uma menina p/ mim terça, que já tinha feito uns trabalhos de divulgação com a gente, pedindo, aí eu disse que não tinha, ela ficou teimando: "Você tem sim, vai rapaz, me dá!!! Tem sim que eu sei..." E a gente tem que pisar em ovos p/ falar com essas pessoas, porque se não saem metendo o pau na gente: "Igor está se achando, negando cortesia todo besta..."

Mas a aberração vem aí. Recebi três ligações que eu fiquei muito impressionado. 1 - Ligou uma menina p/ perguntar se eu já estava na bilheteria, que ela ia pegar uma cortesia. Quando perguntei que cortesia era, ela disse que tinha sido Igor que tinha autorizado. kkkkk, ainda fiquei em dúvida, será que eu prometi mesmo? Aí eu disse, "que Igor?" e ela perguntou quem estava falando, quando disse que era Igor, na mesma hora ela desligou! 2 - Liga uma menina que estava na frente do evento, perguntando se ela provasse que o nome dela era Alaíde (música do Forró Pegado) ela ganharia cortesia. Brincadeira né! 3 - Liga um cidadão dizendo que o ingresso está muito caro, querendo uma cortesia porque não ia pagar aquele valor p/ ver Forró Pegado não. Será que ele não sabe que foi pior dizer isso não, é mesmo que dizer que não ia pagar p/ ver uma "merda" não!

Ligou um assessor de um diretor de um orgão do Governo, que uma vez fizemos um evento p/ eles e até hoje ele liga e fica meio que sondando: "E aí, tudo bem? Como é que vai ser lá hoje? Tá quanto? Compra aonde? Como é que a gente faz lá?" Aí eu, já sabendo o que ele quer, digo: "Como é que a gente faz o que? Num entendi não!" kkkkkk, p/ vê se ele se manca né? Mas não adianta de nada...

Aí eu chego no evento e já vejo aqueles que toda vez ficam no portão de trás p/ entrar na hora da banda. É impressionante a cara de pau deles, eles nos abraçam e vão entrando conversando com a gente, como se a gente fosse doido, né? E as vezes eles já entram no camarim e começam a beber e comer também.

Quando entro no evento começa o povo vindo me reclamar que Fulano está lá fora, isso é um absurdo, que Sicrano está sem pulseira p/ o camarote, que isso não pode acontecer. Mas isso são várias pessoas de uma vez só. E eu tendo que ser bem tranquilo e calmo nessa hora, porque se não já sabe né?

Nessa festa de terça mesmo, eu cheguei as 23:30h e fui ficar um pouco tranquilo só às 02h de tanta correria resolvendo o problema de todo mundo, gente que perdeu a cortesia, gente que não pode deixar de fora, gente que quer pulseira...

E sempre tem um dos sócios que vem com a conversa de que está precisando de tantas, porque chegou tal pessoa que não pode ficar de fora. Sim, mas porque não lembrou disso antes?

Sabe o que é pior, é que quando a gente diz um não, a pessoa fica altamente chateada, parece que ferimos a honra da família dele. Ué!!! Porque não compra??? Vamos fazer um comparativo, vem uma dessas pessoas me pedir cortesia, digamos que ele seja construtor, aí ele me pede e se eu não der ele fica com raiva. Se eu pedir um apartamento à ele, ele vai me dar? Posso ficar com raiva também? Mas não é a mesma coisa não? Porque o produto de venda dele é apartamento, seu ganha pão, e o meu é ingresso, meu ganha pão também! Um prédio passa uns dois anos p/ ficar pronto, em dois anos se a gente fizer um evento à cada semana, dão 4 por mês, 48 por ano e 96 em dois anos, multiplicando por uns R$ 25,00 (média do valor do ingresso) dá R$ 2.400,00, não equivale ao valor do apartamento não.... então me dê as chaves (entrada)? kkkkkkk. Eu já passei isso na pele, uma vez cheguei em um ponto comercial de uma dessas pessoas e de tanto ela me pedir cortesias, quando cheguei lá p/ comprar um produto, se escondeu de mim na hora que me viu. Ele devia estar pensando que eu ia pedir né????? kkkkkk

E mais, essas pessoas, caso a gente ofereça cortesia de um evento nosso que ainda está começando, e que por algum motivo não esteja comentado, não quer não, até aceitam, mas não pisam nem lá!

Sei que eu posso até está errado, mas eu não gosto de pedir não viu, prefiro pagar e não ficar mendigando uma cortesia não. Virou uma loucura hoje em dia, as pessoas querem ser influentes e dizer: "Eu não pago p/ ir em festa não menino!!!" kkkkk, são os chamados "Pirús"

Espero que tenham gostado do post pessoal, abraços do Japa!!!!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nosso novo site!!!

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Oia eu aqui de novo...

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Depois de quase um mês sem escrever, "oia eu aqui de novo"! Esse mês que passou foi um dos mais carregados da minha vida, mas sobrevivi e estou aqui vivinho, pronto p/ qualquer coisa!!

Vou falar hoje sobre minha visão empresarial em vendas de shows de bandas. Vou começar pela minha visão sobre os antigos nomes que tenho referência nesse ramo, referências boas e ruins. A maioria tem um jeitão meio dono do mundo, com um estereótipo de um gordo, velho e feio, kkkkkkkkk. Aí chega eu, cara de pirralho, Japonês e..... bonito não, brincadeira, aí já é demais! Sofro um pouco de discriminação sim. Mas tem um que admiro bastante e que sempre me baseio em sua forma de conduzir as coisas, muito político, o rei da prospecção.

Eu era produtor e tive que assumir essa nova função. A primeira dificuldade é que eu era muito durão enquanto produtor, precisei ir mudando aos poucos, a função de empresário pede um cara conversador, político, e é isso que eu ainda sofro, fico doente quando não cumprem com o que combinamos, mas isso acontece direto. É normal que a gente engula algumas coisas p/ ganhar lá na frente. Já que estamos falando de máfias, uma coisa muito comum são pessoas que na sua frente te bajulam, por trás te queimam até a morte, a gente sabe, mas tem que saber levar. Aprendi à ser gente boa com quem é comigo e "escroto com quem é escroto". Só que tenho meus limites e tem coisas que não faço, não gosto de mentiras, não gosto de prejudicar ninguém, mas me defendo!!

Uma coisa imprescindível é a organização, aí vem o que eu domino. Se organize, tenha em mãos notebook, celular bom, calendário fácil, caneta, mapas e internet. Ligam várias pessoas ao mesmo tempo, perguntam datas, e as vezes estamos no trânsito, como vamos saber das datas? Decorar, hoje em dia sei datas de meses à frente de cabeça, sei de todas as datas que fechei da banda, bem como suas características e informações. Temos que dominar contratos, cartas de exclusividade e documentos necessários aos trâmites de fechamento de show.

Faço estatísticas, cadastros, arquivos tudo arquivado p/ quando precisar ter em mãos. Quando organizo um cadastro de parceiros, por exemplo, coloco até comentários como "Parceiro bom, organizado, paga em dia...." Tudo isso me ajuda nas próximas contratações.

Precisamos ter noções diversas, de assuntos que possam nos ajudar em uma negociação. Mexemos com égos, temos que saber levar as pessoas num bom papo, temos que ser bons de lábia, precisamos tratar uma banda como produto.

Hoje em dia ainda aprendo muito com as situações e nada melhor do que a prática p/ nos fazer crescer. Portanto a dica é: "Faça os contratantes gostarem de você, evite discussões, quando não quiser fechar uma data em algum lugar, por algum motivo, é preferível que diga que não tem a data e seja organizado, muito cuidado p/ não esquecer alguma data".

Em outras ocasiões vou colocar algumas histórias vividas por mim durante esses 2 anos à frente da agenda do Forró Pegado, são boas histórias!!